Na verdade, este não vai ser um conto e sim, um poema desse grandioso Cronista-poeta-escritor-redator-contador de historias e um pouco mais.
Carlos Drummond de Andrade foi o primeiro escritor que me chamou atenção. Lembro que ainda menino fui apresentado as suas riscas pelo POEMA DE SETE FACES.
Me encantei de cara, fiquei fascinado, fui atrás de livros na biblioteca e cheguei a tentar escrever poemas como ele. Doce ilusão.
Mas hoje estou aqui, mesmo não escrevendo como ele, escrevo, e neste humilde texto presto minha homenagem a um dos dos grandes nomes da literatura brasileira. Abaixo deixo dois dos meus poemas favoritos: NÃO SE MATE e AS SEM-RAZÕES DO AMOR.
Boa leitura.
Carlos Drummond de Andrade foi o primeiro escritor que me chamou atenção. Lembro que ainda menino fui apresentado as suas riscas pelo POEMA DE SETE FACES.
Me encantei de cara, fiquei fascinado, fui atrás de livros na biblioteca e cheguei a tentar escrever poemas como ele. Doce ilusão.
Mas hoje estou aqui, mesmo não escrevendo como ele, escrevo, e neste humilde texto presto minha homenagem a um dos dos grandes nomes da literatura brasileira. Abaixo deixo dois dos meus poemas favoritos: NÃO SE MATE e AS SEM-RAZÕES DO AMOR.
Boa leitura.
NÃO SE MATE
Carlos, sossegue, o amor
é isso que você está vendo:
hoje beija, amanhã não beija,
depois de amanhã é domingo
e segunda-feira ninguém sabe
o que será.
Inútil você resistir
ou mesmo suicidar-se.
Não se mate, oh não se mate,
reserve-se todo para
as bodas que ninguém sabe
quando virão,
se é que virão.
O amor, Carlos, você telúrico,
a noite passou em você,
e os recalques se sublimando,
lá dentro um barulho inefável,
rezas,
vitrolas,
santos que se persignam,
anúncios do melhor sabão,
barulho que ninguém sabe
de quê,
pra quê.
Entretanto você caminha
melancólico e vertical.
Você é a palmeira, você é o grito
que ninguém ouviu no teatro
e as luzes todas se apagam.
O amor no escuro, não, no claro,
é sempre triste, meu filho, Carlos,
mas não diga nada a ninguém, ninguém
sabe nem saberá.
( Poema de Carlos Drummond de Andrade )
AS SEM-RAZÕES DO AMOR
Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
( Poema de Carlos Drummond de Andrade )
FONTE: http://www.poesiaspoemaseversos.com.br/carlos-drummond-de-andrade-poemas.htm
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